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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Situação de Aprendizagem - Crônica


SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM

LEITURA E ANÁLISE DA CRÔNICA “AVESTRUZ”

ORALIDADE

1.    Você irá fazer a leitura de uma crônica de um grande cronista brasileiro chamado Mário Prata. Porém, antes de você iniciar a leitura compartilhada com a orientação do professor, discuta com um colega sobre as seguintes questões:

  • ·         Você vive em casa ou apartamento?
  • ·         Conhece alguém que reside em um apartamento? Você conhece alguma história que tenha acontecido entre vizinhos?
  • ·         Como é conviver em apartamentos?
  • ·         Como deve ser resolvido os problemas de espaço?
  • ·         Que tipo de animais podem ser criados em apartamentos?

2.    Observe as imagens abaixo. Você consegue identificar quais são os lugares onde estas fotos foram tiradas?



TEXTO I – LEITURA E ANÁLISE


Avestruz  
Mário Prata  
O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto. 
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam em domicílio.
E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato. 
Mas eu estava falando da sua criação por deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.
Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé. 
Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima!
Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento.
Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.
Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.
Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu.
Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.

LOCALIZANDO E COMPARANDO INFORMAÇÕES

1.    Releia o texto e localize os parágrafos onde se encontram as seguintes informações:

a)    Tamanho e peso do animal:______________________________
b)    O que costumam fazer fora do habitat natural:________________
c)    Nome científico do avestruz:______________________________


          AMPLIANDO AS INFORMAÇÕES

Leia o texto novamente e busque as informações que pedem abaixo.
2.    a) Qual o nome científico do avestruz?

b) Em qual idioma está escrito o nome científico do animal? Você consegue identificar a origem dessa língua?

c)    Que relação essa língua tem com o português? Possui alguma semelhança com nossa língua?

EXPANDINDO O PENSAMENTO

1)    Você sabe o que é um gigolô? Busque no dicionário o significado desta palavra e explique com suas palavras o que o autor quis dizer no texto com a expressão “gigolô de avestruz”.


2)    Você conhece o clima de São Paulo e Florianópolis? Faça uma pesquisa e compartilhe com seus colegas sobre as condições climáticas de cada região. Se necessário você poderá pedir auxílio para seu professor de geografia. Em seguida responda as questões abaixo:

a)    O clima das duas regiões são semelhantes?

b)    Seria possível criar um avestruz nas condições climáticas de São Paulo? Justifique sua resposta.

c)    Em sua opinião, seria possível criar um avestruz num apartamento?


ANALISANDO A CRÔNICA

A crônica é um gênero textual que trata de assuntos cotidianos. O cronista se inspira nestes acontecimentos diários para escrever suas crônicas, dando um enfoque crítico, irônico e humorado.

a)    Após a leitura da crônica “Avestruz”, é possível afirmar que o autor provoca em seu leitor um tom de crítica, ironia ou humor. Justifique com um trecho do texto.

b)    Observe a forma como a crônica foi escrita. A linguagem está mais próximo da fala ou de uma linguagem culta? Cite trechos que comprove sua afirmação.

c)    Geralmente as crônicas são publicadas em jornais e revistas. Em qual seção destes meio de comunicação a crônica se encaixa melhor?

d)    Crônicas são gênero efêmeros. Busque no dicionário o significado da palavra sublinhada para compreender porque este tipo de texto é denominado dessa forma.


OUTROS TEXTOS, OUTRAS LINGUAGENS

Leia e analise o texto abaixo:



      a) Você consegue identificar que tipo de texto é este?

      b) Onde este tipo de texto poderia circular?

     c) Quem cria as regras de um condomínio? Em sua opinião, as regras são estabelecidas de qual forma?

d)    Se a personagem do texto conseguisse levar um avestruz para morar no apartamento, será que daria certo? O que fariam com as regras de convivência e normas do condomínio?

e)    Será possível mudar as regras de um condomínio tão facilmente? Que argumentos vocês utilizaria para conseguir criar um avestruz num apartamento? Escreve seus argumentos abaixo e depois leia para seus colegas.


PRODUZINDO TEXTOS

1)    Que tal se inspirar no regimento de um condomínio e criar um regimento coletivo com regras de boa convivência em sala de aula? Reúna-se com seus colegas e criem as regras de convivência da sala. Após todos concordarem com as regras, façam cartazes e coloque os em sua sala para que ninguém esqueça dos combinados.


INTERAGINDO COM OUTROS TEXTOS

1)    Observe o texto abaixo e identifique as seguintes informações:


a)    Que tipo de texto é este?

b)    Onde podemos encontrá-lo?

c)    Qual o nome científico do animal?

d)    O que torna mais fácil a identificação do animal em que a plca se refere?

2)    Na crônica o autor menciona “deus” com letra minúscula e critica a criação do mundo que está no primeiro livro da bíblia, em Gênesis. Em sua opinião por que o autor se coloca dessa forma?


O QUE EU APRENDI?

Nesta Situação de Aprendizagem, além de aprendermos sobre crônica e trabalharmos com outros textos, também comentamos sobre comportamentos humanos. Cada pessoa é diferente e tem sua opinião, que deve sempre ser respeitada. Discuta com seus colegas sobre a palavra “Coexistência”. O que vocês sabem sobre ela? Busque mais informações e organize um debate em sala de aula sobre o assunto.

 




Situação de Aprendizagem - Artigo de Opinião

Série: 8ªsérie/9ºano

4º BIMESTRE

TEMA: Artigo de opinião

Conteúdos de leitura: Leitura intertextual e interdiscursiva (interpretação, inferência, fruição, situcionalidade, polifonia, leitura em voz alta)

Conteúdos de escrita: Produção intertextual e interdiscursiva de artigo de opinião a partir do texto narrativo (coerência, coesão, intertextualidade,intencionalidade, situcionalidade, heterogeneidade, polifonia)

Expectativa de aprendizagem: Proporcionar condições para que o aluno escreva um comentário opinativo.

Tempo previsto: 4 aulas

Procedimentos metodológicos: 

1- Roda de leitura do texto: Meu primeiro beijo de Antonio Barreto.  

2-Fazer um levantamento das palavras que numa primeira impressão não fazem parte do campo de palavras, do universo romântico do texto O primeiro beijo, mas que remetem apenas ao universo biológico;

3- Montar um mural com: a versão de cada aluno para a expressão "Você é a glicose do meu metabolismo"; 

4. Relacionar o texto: Meu primeiro beijo de Antonio Barreto com o cartum da Maitena a fim de que os alunos percebam a mudança das situações de conquista no decorrer dos tempos. 

5 - Solicitar que os alunos tragam um relato de experiência que pode ser escrito ou falado dos pais, avós ou alguém mais velho contando uma experiência acerca de um encontro romântico na juventude. 

6- Música Kelly Key - Só quero ficar 

6- Leitura do texto: Primeiro Namoro - Jussara de Barros 

7- Debate acerca do assunto: Namorar ou não na adolescência? A mediação fica por conta do professor. 

Avaliação: 
- Atividade escrita 1:
Elabore um pequeno comentário cujo objetivo seja o de informar se há ou não correspondência entre a narrativa com a realidade vivida pelos jovens nos dias de hoje, utilizar-se do cartum da Maitena para sua explanação.   

-  Atividade escrita 2: 
É muito comum em sala de aula, ouvimos o termo "nerd" a fim de se referir àquele ou àquela aluna que muito estuda. De acordo com a wikipedia a palavra nerd "descreve de forma estereotipada, muitas vezes com conotação depreciativa, uma pessoa que exerce intensas atividades intelectuais, que são consideradas inadequadas para a sua idade, em detrimento de outras atividades mais populares. Por essa razão, um nerd muitas vezes não participa de atividades físicas e é considerado um solitário pelas pessoas. Pode descrever uma pessoa que tenha dificuldades de integração social e seja atrapalhada, mas que nutre grande fascínio por conhecimento ou tecnologia". Na sua opinião, o garoto do texto, pode ser considerado um nerd? Por quê? Escreva um comentário no qual você se utilize de trechos do texto para justificar sua opinião. 

- Atividade escrita 3: 
Escolha uma das afirmações abaixo e escreva um texto no qual você defende ou contrarie a afirmação. 

Ficar é melhor do que namorar.
Quando os pais proíbem o namoro é pior. 
Todo mundo namora escondido.
Namorar dentro da escola deveria ser permitido. 



Kelly Key - Só quero ficar 
Só quero ficar, não quero namorar!
Só quero ficar, não quero namorar!
Só quero ficar, não quero namorar!
Só quero tchu ru tchu tchu ru tchu com você

Assim não tem graça de se viver
Aonde eu vou você quer ir atrás
Sinto muito mas vou te dizer
Só quero tchu,tchu, ru, ru, tchu, tchu, ru, ru,
Com você

Só quero ficar, não quero namorar
Só quero ficar, não quero namorar
Só quero ficar, não quero namorar
Só quero tchu ru tchu tchu ru tchu com você

Eu vou trabalhar,
Me dedicar aos estudos
Me estabilizar, ter meu lugar no mundo
Ser independente financeiramente, pra não
Ter que bater na porta de parentes
Não é por nada não,(não)
Eu não quero depender de você amor,
Eu não quero depender de ninguém...(nem de ninguém)
Já pensou jogar na minha cara, que é isso amigo?
Não aceito isso não, prefiro preparar
Meu coração contra toda ilusão
Batalhar meu futuro, dentro da minha razão
Sem ter que dar satisfação
Vou curtir minha vida, me prender alguém?
Quem sabe depois dos trinta,
Por enquanto não
Ainda não tá na hora,
Casamento no no
Casamento tô fora

Se quiser ficar comigo, namorar não... (4X)
Só quero ficar, não quero namorar (3X)
Só quero tchu, tchu, ru, ru, tchu, tchu, ru, ru,tchu, ru
Com Você

Só quero ficar, não quero namorar (3X)
Só quero tchu, tchu, ru, ru, tchu, tchu, ru, ru,
Com Você...

Com Você...
Tchu tchu, ru, ru, tchu, tchu, ru, ru,
Com você

Assim não tem graça de se viver
Aonde eu vou você quer ir atrás
Sinto muito mas vou te dizer
Só quero tchu,tchu, ru, ru,tchu , tchu, ru, ru,
Com você

Só quero ficar, não quero namorar...
Só quero ficar, não quero namorar...
Só quero ficar, não quero namorar.....
Só quero tchu ru tchu tchu ru tchu
Com você


Primeiro Namoro

É difícil falar de namoro na atualidade, onde os jovens têm adquirido conceitos de “ficar”. Ao contrário do que pensam, em seu verdadeiro significado, ficar é o mesmo que permanecer, estar por um grande período.
Desde o início da adolescência, por volta dos dez ou onze anos de idade, jovens tem tido a atitude de beijar sem compromisso, sem ter obrigação de assumir um relacionamento com a pessoa que beijou.
Nessa brincadeira dos nossos dias, o que tem acontecido é que os adolescentes perderam os limites com suas atitudes, chegando a beijar várias pessoas numa mesma festa, num mesmo passeio. Quem beija mais leva vantagem, um absurdo!
De certa forma, um namoro ou compromisso sério na idade mais jovem pode comprometer outras áreas do desenvolvimento, como os estudos, pois ao estar apaixonados tendem a querer ficar juntos, se falarem por mais tempo ao telefone ou internet, esquecendo-se que estes são objetos de uso da família, levando a desentendimentos entre pais e filhos ou brigas entre irmãos.Os pais devem conversar muito com os pré-adolescentes, a fim de estabelecer limites quanto a esses aspectos. Controlar as saídas para festas, passeios em shoppings, cinemas, visitas à casa dos amigos podem ser boas alternativas, mas é bom lembrar que o lazer deve fazer parte de suas vidas. Não dá para viver sozinho, sem uma turma de amigos para conversar e se divertir.
Se os pais são mais abertos, o namoro pode acontecer mais cedo, se forem mais reservados e exigentes poderão impor uma idade para que isso aconteça. Mas a paixão acontece de forma natural e proibir uma aproximação pode levar a namoros escondidos, o que não traz vantagem nenhuma.
É melhor resolver a situação à base do diálogo e da amizade, pois assim, os filhos não perdem a proximidade com os pais, mas compartilham com os mesmos suas emoções e suas dúvidas sobre relacionamentos amorosos, pois sentem-se seguros e com liberdade para expor seus sentimentos e idéias.
Falar de sexualidade é importante, sem esconder informações, pois dessa forma, num jogo aberto, os pais demonstram segurança e credibilidade nos filhos, podendo sugerir que ainda são muito jovens para iniciar uma vida sexual. Além disso, é importante discutir sobre doenças sexualmente transmissíveis, gravidez e métodos contraceptivos, como forma de alertá-los de possíveis problemas que podem aparecer com a sexualidade.
Tentar proibir os namoros pode ser uma atitude que afaste os filhos ou que estes façam coisas escondidas. O melhor mesmo é primar pela amizade e pela confiança na família, essa será a maior conquista.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Perfil dos Professores - "Português na Sala de Aula"


Professor Jefferson Carvalho

Olá! Sou Prof. Jefferson e tenho 26 anos. Sou formado há cinco anos na área de Letras com habilitação em Língua Portuguesa e Língua Inglesa. Amo lecionar em ambas as áreas, principalmente com Literatura no Ensino Médio. Sou apaixonado por artes, em todas as suas modalidades. Tenho imensa paixão por musicais da Broadway e sempre estou no teatro conferindo o que há de melhor. Sou pesquisador na área de Literatura Infantil e amo contar histórias para crianças e adultos. Atualmente trabalho numa escola da rede estadual de São Paulo e sou orientador de cursos de formação de professores na área de arte educação.

Professora Lais V. Viajante de L. Barbosa

Sou professora de Língua Portuguesa desde 2005, gosto muito de ler para o meu bebê de um aninho... É a melhor hora do meu dia! Me interesso por trabalhos manuais e "cupcakes"! Gosto muito de conversar, meu esposo que o diga! E acredito que pessoas educadas podem melhorar o mundo. 

Professora Tania Thomaz Brasiliense

Nasci no interior, mas cresci na cidade de São Paulo, sempre vivi na agitação e desde pequena nutri essa vontade de ensinar....comecei ensinando as bonecas, depois vieram a coleguinhas e aqui estou hoje depois de 14 anos lecionado para o Estado. Continuo com essa vontade, só que agora enfrento a realidade da educação. Cada ano descubro coisas novas, sentimentos que jamais imaginava sentir numa sala de aula.

Depoimentos - De onde vem minha paixão pela leitura?


Em algum momento da vida todos devem sentir o prazer de ler algo que lhe faça bem. É assim com quase todos nós professores. Num determinado momento da vida somos pegos de surpresa pelo gosto da leitura, ou ainda, temos esse prazer despertado por pessoas que estão bem próximas de nós. Levamos essa paixão adiante e hoje somos professores de Língua Portuguesa que, mesmo em plena era da tecnologia, estamos compartilhando essa paixão com milhares de crianças e adolescentes nas salas de aula das escolas estaduais do Estado de São Paulo.

Depoimento - Professor Jefferson Carvalho

"Olá galer@!
 
Minha experiência com leitura aconteceu desde quando eu era criança. Sou apaixonado por escola, e quando criança amava brincar de "escolinha". Eu sempre fui cercado de livros, materiais de pintura, sempre queria visitar os museus (outra coisa que sou apaixonado) e também ama ler e criar em cima dessas minhas leituras. Todos esses conhecimentos de mundo sempre me instigaram mais e mais para a leitura. E o engraçado é que grande parte dessa vontade louca por leitura e arte, pelo prazer de aprender, parti apenas de mim. Minha família dava corda, mas não tive alguém em casa em quem pudesse me inspirar. Achavam até engraçado a fato de eu me apegar tanto em coisas assim... Pelo menos me deram condições de seguir em frente.
 
Sei que desde quando frequentava a educação infantil eu era apaixonado por ouvir histórias. E isso era uma coisa que crescia junto comigo. Uma vontade louca de conhecer o mundo, de colocá-lo no bolso e saber de tudo. Mas o grande "boom" para a leitura veio quando eu estava na 8º série. Estudava numa escola da Prefeitura de São Paulo chamada EMEF Prof. Carlos Pasquale, no Itaim Paulista. Desde sempre tínhamos aulas na sala de leitura com uma professora que fazia atividades de mediação de leitura. Me tornei amigo delas e comecei a "sugar" todo aquele conhecimento. Apaixonei-me por literatura infantil ainda mais e quis ir além. Amava conhecer mais e mais sobre a arte de contar histórias, como manipular livros de literatura infantil e a fazer leitura de imagens. Junto com essas amigas fui a inúmeros cursos. O engraçado é que eu tinha apenas 14 anos. E sempre ía aos cursos de formação de Professor Orientador de Sala de Leitura, como filho de uma dessas amigas. Aprendi muito. Foi o que me motivou entrar no curso de Letras e começar meus estudos na arte de contar histórias. Fiquei como voluntário nessa escola por volta de 6 anos. Imagina o quanto não aprendi? Durante todo meu Ensino Médio e Faculdade permanecia com amigos e contatos nessa escola. Eu digo sempre que a sala de leitura da escola Carlos Pasquale era a extensão do meu quarto. Com essa experiência veio meu grande conhecimento na área de literatura infantil e juvenil. Tenho em minha memória quase que o acervo inteiro daquela escola, sabia onde estava cada exemplar...
 
Iniciei minha carreira na área da educação como arte educador. Trabalhava em projetos sociais de incentivo a leitura e a arte com crianças e adoslecentes. Ministrei cursos de formação de professores e palestras na universidade em que estudei. Hoje ainda sou pesquisado na área de literatura infantil e pretendo em breve iniciar meu mestrado nesta área. Já tenho tudo pronto e organizado. Tive a honra de definir meu projeto junto com uma grande professora e escritora a Profª Dra. Maria Zilda da Cunha (FFLCH-USP). Irei traçar uma panorama sobre a obra da grande escritora Eva Furnari e sobre suas múltiplas linguagens, que estão presentes em seus livros infantis. Hoje atuo na sala de aula trazendo, muitas vezes, essa linguagem que aprendi como arte educador. Me ajuda muito. Não tenho medo de arriscar ou de parecer um bobo. Vou lá e faço. E tudo isso, minha vida e minha profissão fora devido ao amor pela leitura. Não apenas da leitura de um livro, mas de todo um universo de livros que eu amo e que sinto que fazem parte de mim."

Depoimento Professora Lais Vieira Viajante

"Minhas experiências com a leitura e a escrita, se deram desde muito cedo na infância. Minha mãe me alfabetizou com 4 anos e desde então nunca mais parei de ler. Sempre gostei de frequentar bibliotecas e comprar livros. Tanto é que até hoje, esse é um hábito do qual não me desvencilhei. Particularmente, considero que as leituras que fiz contribuíram grandemente para as opiniões e ideologias das quais me apropriei no decorrer do tempo. Inevitavelmente somos influenciados pela Leitura e pelas escolhas que fazemos em relação a isso. Durante dez anos, não tínhamos TV em casa, e morávamos numa casa muito simples sem piso. Minha mãe num artifício de minimizar o pó, forrava o chão de toda a casa com o jornal. Nesse tempo, me lembro de ler a gazeta mercantil, mesmo sem entender muita coisa... assim como o caderno Mais da F. de São Paulo. Adquiri uma certa agilidade em relação à leitura e consequentemente em relação à escrita. Esse histórico de ler jornal, me proporcionou uma habilidade adequada na elaboração de textos mais complexos. Depois de um tempo, na faculdade comecei a trabalhar como auxiliar de pesquisa para um professor enquanto ele preparava sua dissertação de mestrado, ele percebeu minha facilidade em relacionar assuntos e em escrever e então eu é que passei a me ocupar um pouco mais da própria escrita do texto."

Depoimento Professora Tânia Thomaz B. Malta

"Experimentamos a leitura e com ela vem a sensação de prazer e satisfação como se fizéssemos parte dela. Não sou eu que escolho os, são eles que me escolhem e fico tão triste quando termino de ler uma obra, é como se morresse um pedacinho dentro mim...
Na infância as primeiras lembranças da escrita e leitura livros começaram em casa com o presentes de aniversário da minha avó,era um ritual, os primeiros livros eram de contos de fadas, ela sempre reunia os netos e fazia a leitura mais terna, mas não deixava de ser dramática, isso eu aprendi com ela, adoro ler para o meus alunos da mesma forma , usando a imaginação para dar vida ao texto. Quando fiz 9 anos minha avó me deu um diário, foi a coisa mais maravilhosa do mundo, descobrindo que a letras vão criando vida e você torna-se importante, sim, eu era a personagem principal do texto.Com o tempo fui descobrindo caminhos diferentes para a leitura, como explicar a sensação que eu tive no exato momento que entrei pela primeira vez na biblioteca da escola, me senti num mundo diferente, um mundo que me compreendia.
Os anos se passaram e as emoções só aumentaram, como eu fiquei revoltada com "Bentinho" por desconfiar de Capitu, li repetidas vezes para ver se conseguia defende-la, ocorreram diversas discussões sobre o assunto. A leitura é um remédio para a alma, sair da realidade às vezes é necessário, para que não nos tornemos seres humanos insensíveis, devemos priorizar a leitura e a escrita e sempre incentivar os alunos ."
 

Sejam bem vindos!


Este blog  faz parte de um projeto do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Escola de Formação de Professores (EFAP), cujo objetivo é fornecer formação continuada aos professores de Língua Portuguesa. A criação de um blog coletivo é um dos elementos constituintes do curso Melhor Gestão, Melhor Ensino. Aqui, além de você conhecer um pouco mais sobre nós, iremos compartilhar um pouco de nosso conhecimento e de algumas ideias que dão certo em sala de aula. Esta é uma ferramente interativa, portanto, sugestões, críticas e ideias serão sempre bem vindas!


 

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