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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Depoimentos - De onde vem minha paixão pela leitura?


Em algum momento da vida todos devem sentir o prazer de ler algo que lhe faça bem. É assim com quase todos nós professores. Num determinado momento da vida somos pegos de surpresa pelo gosto da leitura, ou ainda, temos esse prazer despertado por pessoas que estão bem próximas de nós. Levamos essa paixão adiante e hoje somos professores de Língua Portuguesa que, mesmo em plena era da tecnologia, estamos compartilhando essa paixão com milhares de crianças e adolescentes nas salas de aula das escolas estaduais do Estado de São Paulo.

Depoimento - Professor Jefferson Carvalho

"Olá galer@!
 
Minha experiência com leitura aconteceu desde quando eu era criança. Sou apaixonado por escola, e quando criança amava brincar de "escolinha". Eu sempre fui cercado de livros, materiais de pintura, sempre queria visitar os museus (outra coisa que sou apaixonado) e também ama ler e criar em cima dessas minhas leituras. Todos esses conhecimentos de mundo sempre me instigaram mais e mais para a leitura. E o engraçado é que grande parte dessa vontade louca por leitura e arte, pelo prazer de aprender, parti apenas de mim. Minha família dava corda, mas não tive alguém em casa em quem pudesse me inspirar. Achavam até engraçado a fato de eu me apegar tanto em coisas assim... Pelo menos me deram condições de seguir em frente.
 
Sei que desde quando frequentava a educação infantil eu era apaixonado por ouvir histórias. E isso era uma coisa que crescia junto comigo. Uma vontade louca de conhecer o mundo, de colocá-lo no bolso e saber de tudo. Mas o grande "boom" para a leitura veio quando eu estava na 8º série. Estudava numa escola da Prefeitura de São Paulo chamada EMEF Prof. Carlos Pasquale, no Itaim Paulista. Desde sempre tínhamos aulas na sala de leitura com uma professora que fazia atividades de mediação de leitura. Me tornei amigo delas e comecei a "sugar" todo aquele conhecimento. Apaixonei-me por literatura infantil ainda mais e quis ir além. Amava conhecer mais e mais sobre a arte de contar histórias, como manipular livros de literatura infantil e a fazer leitura de imagens. Junto com essas amigas fui a inúmeros cursos. O engraçado é que eu tinha apenas 14 anos. E sempre ía aos cursos de formação de Professor Orientador de Sala de Leitura, como filho de uma dessas amigas. Aprendi muito. Foi o que me motivou entrar no curso de Letras e começar meus estudos na arte de contar histórias. Fiquei como voluntário nessa escola por volta de 6 anos. Imagina o quanto não aprendi? Durante todo meu Ensino Médio e Faculdade permanecia com amigos e contatos nessa escola. Eu digo sempre que a sala de leitura da escola Carlos Pasquale era a extensão do meu quarto. Com essa experiência veio meu grande conhecimento na área de literatura infantil e juvenil. Tenho em minha memória quase que o acervo inteiro daquela escola, sabia onde estava cada exemplar...
 
Iniciei minha carreira na área da educação como arte educador. Trabalhava em projetos sociais de incentivo a leitura e a arte com crianças e adoslecentes. Ministrei cursos de formação de professores e palestras na universidade em que estudei. Hoje ainda sou pesquisado na área de literatura infantil e pretendo em breve iniciar meu mestrado nesta área. Já tenho tudo pronto e organizado. Tive a honra de definir meu projeto junto com uma grande professora e escritora a Profª Dra. Maria Zilda da Cunha (FFLCH-USP). Irei traçar uma panorama sobre a obra da grande escritora Eva Furnari e sobre suas múltiplas linguagens, que estão presentes em seus livros infantis. Hoje atuo na sala de aula trazendo, muitas vezes, essa linguagem que aprendi como arte educador. Me ajuda muito. Não tenho medo de arriscar ou de parecer um bobo. Vou lá e faço. E tudo isso, minha vida e minha profissão fora devido ao amor pela leitura. Não apenas da leitura de um livro, mas de todo um universo de livros que eu amo e que sinto que fazem parte de mim."

Depoimento Professora Lais Vieira Viajante

"Minhas experiências com a leitura e a escrita, se deram desde muito cedo na infância. Minha mãe me alfabetizou com 4 anos e desde então nunca mais parei de ler. Sempre gostei de frequentar bibliotecas e comprar livros. Tanto é que até hoje, esse é um hábito do qual não me desvencilhei. Particularmente, considero que as leituras que fiz contribuíram grandemente para as opiniões e ideologias das quais me apropriei no decorrer do tempo. Inevitavelmente somos influenciados pela Leitura e pelas escolhas que fazemos em relação a isso. Durante dez anos, não tínhamos TV em casa, e morávamos numa casa muito simples sem piso. Minha mãe num artifício de minimizar o pó, forrava o chão de toda a casa com o jornal. Nesse tempo, me lembro de ler a gazeta mercantil, mesmo sem entender muita coisa... assim como o caderno Mais da F. de São Paulo. Adquiri uma certa agilidade em relação à leitura e consequentemente em relação à escrita. Esse histórico de ler jornal, me proporcionou uma habilidade adequada na elaboração de textos mais complexos. Depois de um tempo, na faculdade comecei a trabalhar como auxiliar de pesquisa para um professor enquanto ele preparava sua dissertação de mestrado, ele percebeu minha facilidade em relacionar assuntos e em escrever e então eu é que passei a me ocupar um pouco mais da própria escrita do texto."

Depoimento Professora Tânia Thomaz B. Malta

"Experimentamos a leitura e com ela vem a sensação de prazer e satisfação como se fizéssemos parte dela. Não sou eu que escolho os, são eles que me escolhem e fico tão triste quando termino de ler uma obra, é como se morresse um pedacinho dentro mim...
Na infância as primeiras lembranças da escrita e leitura livros começaram em casa com o presentes de aniversário da minha avó,era um ritual, os primeiros livros eram de contos de fadas, ela sempre reunia os netos e fazia a leitura mais terna, mas não deixava de ser dramática, isso eu aprendi com ela, adoro ler para o meus alunos da mesma forma , usando a imaginação para dar vida ao texto. Quando fiz 9 anos minha avó me deu um diário, foi a coisa mais maravilhosa do mundo, descobrindo que a letras vão criando vida e você torna-se importante, sim, eu era a personagem principal do texto.Com o tempo fui descobrindo caminhos diferentes para a leitura, como explicar a sensação que eu tive no exato momento que entrei pela primeira vez na biblioteca da escola, me senti num mundo diferente, um mundo que me compreendia.
Os anos se passaram e as emoções só aumentaram, como eu fiquei revoltada com "Bentinho" por desconfiar de Capitu, li repetidas vezes para ver se conseguia defende-la, ocorreram diversas discussões sobre o assunto. A leitura é um remédio para a alma, sair da realidade às vezes é necessário, para que não nos tornemos seres humanos insensíveis, devemos priorizar a leitura e a escrita e sempre incentivar os alunos ."
 

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